Até a metade do século XVI, o território onde é atualmente ocupado pela Barra de São Miguel foi aldeamento dos Índios Caetés, conhecidos pela prática da antropofagia. Segundo a história, eles teriam devorado o bispo Dom Pero Fernandes Sardinha, que veio de Portugal para catequizar a região. Ele teria trazido, então, uma imagem de Nossa Senhora Santana, que foi abandonada com o ataque dos índios e resgatada anos depois.
A área, de excelente localização geográfica, transformou-se num movimentado núcleo de pescadores. Manoel Gonçalves Ferreira montou um estaleiro para a fabricação de embarcações, que ficaram conhecidas em todo o país e deram emprego aos "experimentos mestres" do local. Foi de lá que saiu o maior navio nordestino da época, o "Sane-Duarte", e também o maior iate, "Claudio Dubeux". Com a instalação de novos estaleiros e o início do transporte rodoviário, por volta de 1930, a Barra entrou em declínio, que levou carpinteiros e calafatas ao êxodo para novas indústrias.
A autonomia administrativa ocorreu por força de interesses políticos. Somente em 1963, a Barra foi elevada à condição de município, desmembrado de São Miguel dos Campos.
Considerada a cidade balneária mais badalada de Alagoas, a Barra tem uma exuberante beleza natural, diversificada com praias de areia branca, águas cristalinas e ilhas de manguezais. De sua marina, partem diariamente embarcações para a praia do Gunga, que fica no município de Roteiro. A Barra se destaca pelos campeonatos esportivos que promove: de Pesca de Arremesso, Enduro de Moto e Jeep (abril), Nordestino de Surf (setembro), e Mountain Bike (novembro). E ainda: o Festival de Música (janeiro), Carnaval, festas juninas, festa da padroeira Nossa Senhora Santana realiazada de 17 a 26 de julho e Emancipação (2/08).